Via Umiltà, 745

01036 Nepi (VT)

missio.consolata@gmail.com

contattaci!

SITI UFFICIALI IN 

ENG  ESP  PORT

Santidade e a esperança

O Paulo era um pescador solitário que vivia à beira-mar. Depois de perder a sua esposa, nunca mais tinha saído com o seu barco para pescar.  Os dias passavam lentos, e para ele deixou de fazer sentido navegar nas ondas que ele tanto amava. Certa noite de inverno, uma forte tempestade caiu sobre a pequena vila: os ventos gritavam, e as ondas pareciam monstros enfurecidos. O Paulo ficou observando tudo pela janela, até que, entre os raios e trovões, viu uma pequena luz piscando ao longe. Era o farol que se mantinha aceso, firme, apesar de todo o caos que o rodeava. Na manhã seguinte, soube que um barco de jovens pescadores se tinha perdido no mar, e que foi a luz do farol que os guiou de volta à costa. No dia seguinte, algo mudou. Ele limpou seu velho barco, ajustou as velas, e ao pôr do sol, saiu para pescar. O Paulo entendeu que, às vezes, a esperança é somente isso: uma pequena luz acesa na tempestade.” 

Esta pequena história ajuda-nos a entender que a esperança não elimina a tempestade, mas aponta um rumo, não exigindo grandes certezas, apenas pequenos passos rumo a certeza. No mundo de hoje, cercado por crises e desesperanças, a esperança não é um luxo – é uma necessidade vital. E, como o farol para os navegantes, ela continua firme, acesa, convidando-nos a continuar, mesmo quando tudo parece perdido. 

A palavra esperança carrega em si mesma um dinamismo silencioso. Em latim, spes significa “expectativa confiante”, e está ligada ao verbo sperare (esperar com confiança). Já em grego, a palavra correspondente é elpís (ἐλπίς), que também se refere à expectativa, mas com uma conotação mais existencial: uma confiança voltada ao futuro, muitas vezes além do visível. 

O Papa Francisco, neste ano Jubilar convidou-nos a viver a nossa fé como um caminho, recordando-nos que a vida cristã é uma peregrinação contínua em direção a Deus. A esperança, neste contexto, não é simplesmente um otimismo ou um desejo de um futuro melhor, mas uma virtude teológica baseada na certeza de que Deus é fiel às suas promessas:

S. José Cafasso, modelo de esperança 

S. José Allamano apontava o seu tio José Cafasso como um modelo de esperança que todos os seus missionários deviam seguir:

A esperança não é apenas uma virtude teológica abstrata, mas uma força concreta que dá sentido e direção à vida, mesmo nas situações mais dramáticas, como a proximidade da morte. Somos convidados a viver uma esperança ativa, contagiante e cheia de confiança no amor de Deus, ou seja, como missionários, somos chamados a ser fontes de esperança para os outros, mesmo (ou especialmente) quando tudo parece perdido. 

Confiança: a esperança mais pura 

Na sua espiritualidade, José Allamano fala-nos da confiança como a forma mais elevada da esperança, a sua “quintessência”. A palavra “quintessência”, que vem do latim quinta essentia, sugere tudo o que é mais puro, o mais essencial: devemos confiar em Deus acima das próprias fraquezas, acima das quedas, acima da nossa lógica humana.

Existe na nossa vida um conflito eterno entre não fazer nada e a grandeza da nossa vocação missionária, mas não desanimemos pois esta é uma experiência comum entre os que buscam viver o Evangelho com autenticidade: sentem-se indignos, incapazes, desanimados. Mas a resposta não está em desistir, mas sim em mergulhar mais fundo na confiança.

Um missionário sem confiança torna-se “um tormento para si e para os outros.  Sem confiança, não há alegria, e sem alegria, não há Evangelho que se transmita. A confiança é, portanto, não só uma virtude teologal, mas um dever apostólico pois ela contagia, gera paz e faz brotar frutos:

Esta confiança precisa ser cultivada, alimentada e partilhada. O Salmo 124 – “Aqueles que confiam no Senhor são como o monte Sião: não vacila, está firme para sempre – exorta-nos a possuir essa firmeza pois ela será o alicerce da nossa Missão! 

A esperança no ser missionário 

A esperança transforma profundamente a vida do missionário, levando-os a viver com um espírito novo e pascal, ou seja, viver à luz da Páscoa de Cristo, cultivando uma nova maneira de ser, de pensar, de agir e de se relacionar com Deus, com os outros e com a própria história. Aqui apresento alguns dos desafios que S. José Allamano nos apresenta, sempre ancorados na esperança: 

– Ser missionários novos e pascais que vivem com uma perspetiva renovada, sem medo da história ou do futuro, sempre abertos à novidade do Ressuscitado: Portanto não digamos: «quem sabe se irei salvar-me?!». Digamos, sim: «quero salvar-me e por isso quero emendar-me dos meus defeitos, nunca perdendo a coragem»”.

– Ser missionários contemplativos e pobres que sejam capazes de reconhecer Deus nos desertos da vida, enraizados na história, mas sempre voltados para o futuro: Ora, quando se caminha na presença de Deus acaba-se por fazer tudo bem, à perfeição.

– Amar o próprio tempo vivendo com fidelidade o presente, a “hora” que nos foi dada, sem fugir das responsabilidades, vendo o agora como o verdadeiro tempo de Deus: “«no tempo favorável, ouvi-te e, no dia da salvação, vim em teu auxílio. é agora o momento favorável. é agora o dia da salvação» (2 Cor 6, 2). São Paulo define «tempo favorável», o tempo do Evangelho, que se deve aceitar com reconhecimento e amor”. 

– Viver com alegria é missão e testemunho pois a alegria verdadeira nasce de Deus e é sustentada pela oração, pela cruz e pela esperança da eternidade. Assim, a esperança torna-se fonte de renovação, fidelidade e alegria para o missionário, sustentando-o no seu caminho e tornando-o sinal de Deus para o mundo: sede pois corajosos e alegres! S. Francisco de Sales vivia sempre contente. “servi o Senhor com alegria!

Para nós missionários, a esperança é o que torna possível recomeçar sempre – nunc coepi! – com coragem, alegria e fidelidade. Neste Ano Jubilar, somos todos peregrinos da esperança, chamados a manter acesa a luz que orienta e aquece. Como o farol na tempestade, a esperança não remove os ventos nem acalma o mar – mas mostra o caminho. E isso basta para continuar!

Para reflexão pessoal

Leave a Reply

Il tuo indirizzo email non sarà pubblicato. I campi obbligatori sono contrassegnati *

Chi siamo

Le Suore Missionarie della Consolata sono una Congregazione internazionale per la missione ad gentes, ossia per il primo annuncio del Vangelo.

Scopri di più

Ultime pubblicazioni

  • All Posts
  • Beata Irene
  • Beata Leonella
  • ITALIANO
  • Missiolog
  • Mondo Allamano
  • PORTUGUÊS
    •   Back
    • Andare alle Genti
    • Racconti
    • Interviste
    • Popoli
    • Bibbia
    • Approfondimenti
    • Istituto
    • San Giuseppe Allamano
    • Progetti
    • Spiritualità
    •   Back
    • São José Allamano
    • Missão
    • Espiritualidade
    • Testemunhos

San Giuseppe Allamano

La sua vita, le sue parole

Temi

Argomenti

Chiamate dallo Spirito Santo a partecipare al Carisma, dono di Dio al Padre Fondatore, Giuseppe Allamano, offriamo la vita per sempre a Cristo, nella missione ad gentes, ossia ai non cristiani, per l’annuncio di salvezza e consolazione.

"Prima Santi, poi Missionari"

San Giuseppe Allamano

+ 39 0761 52 72 53

dalle 08.30 alle 18.00

missio.consolata@gmail.com

24h